Educação

De volta às salas de aula

Professores estaduais, em assembleia geral, optam pela suspensão da greve mais longa dos últimos 25 anos

Divulgação -

Atualizada às 18h22min.

Depois de 53 dias de greve, os professores estaduais aprovaram o retorno às salas de aula. A decisão foi tomada na tarde desta quinta-feira (7), em assembleia geral realizada na Casa do Gaúcho, no parque Harmonia em Porto Alegre. Cerca de 1,5 mil professores e funcionários estaduais participaram da votação que não precisou da contagem de urnas, pois a ampla maioria tinha o mesmo parecer: voltar às aulas e continuar a mobilização, independentemente de paralisações. Durante a assembleia, uma agenda de atividades futuras foi elaborada. Ela prevê a participação do Cpers em eventos e mobilizações.

Agora, o foco da categoria é a recuperação do tempo perdido. Cada escola terá a autonomia para planejar o seu calendário, porém, já é certo que as aulas retornam na próxima segunda-feira. Em Pelotas, o Instituto Assis Brasil irá se antecipar e retornará às atividades ainda nesta sexta-feira. As turmas também terão aula amanhã.

A recuperação deverá ter como base a utilização do período de recesso escolar como dia letivo e aulas aos sábados. Entretanto, depois de quase dois meses com as atividades paradas, os colégios terão um curto prazo para conseguir atingir os 200 dias letivos, sem entrar janeiro adentro. Segundo o calendário estadual, previsto pela Secretaria Estadual de Educação, o segundo semestre de 2016 tem 98 dias letivos. Para atingir os 200 seria preciso ter aulas em três sábados dos próximos seis meses, quando serão recuperados 18 dias, e transformar as férias de inverno em dia letivos - recuperando mais 15 (veja o quadro). E, mesmo assim, faltariam 17 dias a serem recuperados.

O que levou à decisão. De acordo com o Cpers, esta foi a greve mais longa dos últimos 25 anos. Os fatores que influenciaram na decisão da categoria foi a diminuição da adesão dos professores ao movimento e o indicativo do governo em continuar com a mesa de negociação.

Conquistas da categoria
- Abono dos dias de greve. Os dias paralisados não serão descontados dos salários
- Continuação da mesa de negociação para discutir o plano de carreira e as melhorias de salário
- Revogação da proposta de alterar o Difícil Acesso

Conquista da categoria junto às ocupações dos alunos
- Votação da PL 44 adiada até dezembro
- Repasse das verbas em atraso
- Repasse de verbas para obras futuras nos colégios
- Não criminalização dos alunos que participaram das ocupações


Mês Dias letivos em 2016
Fevereiro 1
Março 22
Abril 19
Maio 10 (*)
Junho Greve
Julho 15 (**)
Agosto 23
Setembro 19
Outubro 20
Novembro 19
Dezembro 17

Total 165
Total com sábados (três por mês) 183
Ainda faltariam ser recuperados 17 dias

(*) Até o dia 13 de maio, quando foi deflagrada a greve
(**) Transformando o recesso escolar em dias letivos
Dados do calendário escolar recomendado pela Educação do Estado

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